Quem nunca escutou: “ E os dois se tornarão uma só carne …” por muito tempo essa, foi uma frase famosa em celebrações religiosas de matrimônio. Em alguns relacionamentos isso é vivido quase que no sentido literal. Muitos casais se enxergam como uma unidade, raramente são vistos sozinhos, ou fazendo algo sem a presença do outro. Embora, cada casal tenha livre escolha de como vai viver seu casamento uma coisa é fato, em um casamento existe duas pessoas com necessidades emocionais únicas e que devem ser reconhecidas e respeitadas, quando isso deixa de acontecer problemas inevitavelmente aparecem.
É natural que ao longo do tempo recontratos conjugais sejam feitos, expectativas negociadas e investimento emocional renovado. Alguns casais conseguem fazer isso sem maiores dificuldades, são aqueles que costumam verbalizar frases do tipo passamos a crise dos “X” anos, ou sobrevivemos a tal situação e assim por diante.
Crises fazem parte da vida, nos relacionamentos não costuma ser diferente. Toda crise pode ser considerada multifatorial, ou seja, na maioria das vezes se constrói por uma somatória que coisas. Uma que inevitavelmente colabora com todas é a comunicação ineficiente entre a dupla conjugal.
Diversos conflitos ganham proporções gigantescas pela falta de diálogo. A inabilidade de estabelecer uma conversa respeitosa e clara potencializa discussões intermináveis, que dificultam a resolução de conflitos sejam eles novos ou antigos, a chamada eterna lavagem de roupa suja como se costuma dizer. É importante lembrar que alguns conflitos tem origem no mesmo problema e uma vez que o casal desconhece como resolvê-lo, estes tendem a persegui-los por longos anos desgastando significativamente o vínculo afetivo do casal. A diferença de opiniões, ansiedade, infidelidade, falta de confiança, insatisfação com a atitude do parceiro, ciúme excessivo, mágoas do passado entre outros dilemas da vida a dois, contribuem para o surgimento de crises conjugais, um afastamento cada vez maior, inclusive em alguns casos, na decisão de romper o casamento.
Quando um casal consegue reconhecer que existe uma recorrência de brigas, que ouvir, ponderar e refletir em conjunto se tornou algo difícil é o momento de parar e pensar na ideia de buscar ajuda, pois para alguns casais essa é a única forma de reestabelecer a relação e evitar uma separação indesejada, ou até mesmo decidir pelo rompimento de uma maneira madura em que a separação aconteça da maneira mais respeitosa e menos sofrida possível.
A terapia de casal é um ótimo recurso para fortalecimento do vínculo emocional do casal, seu objetivo é encontrar soluções para os problemas conjugais, visando tornar o convívio diário mais agradável alinhando os objetivos do casal para o relacionamento possa continuar existindo.
Durante o tempo da terapia, os cônjuges tem a oportunidade de compreender as necessidades emocionais um do outro, aprender sobre e si e seu par amoroso, desvendo juntos o caminho que precisam percorrerem para o resgate da intimidade.
Aprendem que devem se aceitar como são para fazer o relacionamento dar certo, passando a ter mais facilidade na tomada de decisão conjunta, que considere o bem estar emocional e psicológico do relacionamento como um todo, construindo uma convivência saudável, livre de omissões ou acusações e melhor de tudo muito Feliz!
Fonte: Angela de Souza Garbin
Psicóloga Especialista em Relações Familiares e Conjugais – CRP 07/20522
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