As plaquetas são um grupo de células do sangue com origem na medula óssea e responsáveis pela nossa coagulação. Quando em nível reduzido, predispõem a quadros de sangramentos e, quanto aumentadas, aumentam o risco de eventos tromboembólicos (tromboses).
Trombocitose é o termo usado para o aumento das plaquetas no sangue, podendo ser secundária a alguma outra doença ou alteração primária da medula óssea, gerando hiperestímulo à produção desse grupo de células sanguíneas.
O que é a contagem de plaquetas normais?
Normalmente, uma contagem normal se situa entre 150-450.000 mm3. Níveis abaixo de 150.000 são caracterizados como trombocitopenia e níveis acima de 450.000, como trombocitose.
Quais são os tipos?
A trombocitose secundária é a mais frequente, podendo ser causada por carências vitamínicas, inflamações, pós-operatórios de algumas cirurgias, entre outras causas.
A trombocitose primária, por outro lado, está associada a uma desregulação em nível da medula óssea, com perda de controle da regulação da produção plaquetária, sendo chamada de trombocitose essencial. Faz parte das doenças mieloproliferativas, sendo rara, não hereditária e acometendo indivíduos acima dos 40 anos (mais frequentemente acima dos 60 anos). Possui risco a longo prazo de transformação para leucemia aguda ou mielofibrose, embora não seja comum.
Quais são os sinais e sintomas?
Muitas vezes, os pacientes são assintomáticos, sendo detectada a trombocitose em exames de rotina. Quando presentes, os sintomas na maior parte das vezes se devem a quadros tromboembólicos (tromboses), mas também pode ocorrer tonturas, dores de cabeça e alterações visuais.
Como é feito o diagnóstico?
A investigação por médico hematologista é essencial para a diferenciação do tipo da trombocitose. Exames de sangue e de imagem são recomendados para investigação inicial. Caso a suspeita seja de doença primária, estudo genético e biópsia de medula óssea também são recomendados.
Como é feito o tratamento?
Nos quadros reacionais (trombocitose secundária), o tratamento é direcionado a causa base, sendo este responsável por redução das contagens de plaquetas.
Já para a doença primária (trombocitose essencial), o uso de medicações é realizado para controle direto da produção plaquetária. Como o aumento das plaquetas predispõe a eventos de trombose, o uso de aspirina ou anticoagulantes pode ser indicado, de acordo com o nível das plaquetas e histórico prévio de outras doenças de saúde.
Fonte: Hemetoclin