A COMUNICAÇÃO SOCIAL DA SAÚDE MENTAL

Nunca foi tão fácil falar sobre saúde mental. Diante de tal cenário, é possível trazer facilmente da memória quantas manchetes de jornal, palestras no trabalho e até mesmo depoimentos de grandes artistas carregam esta temática no último ano, abrindo cada vez mais espaço para se falar sobre o potencial, o sofrimento e o mistério da mente humana.

Mesmo diante de tantas informações acerca da temática, na mesma proporção em que as pessoas passaram a se interessar pelo assunto, houve uma veiculação desenfreada e consequentemente, a qualidade de tais conteúdos espalhados na internet diminuiu e hoje beira o sensacionalismo e reducionismo de algo tão importante. Se antes, estávamos de um lado desta polarização a qual não era permitido falar abertamente sobre saúde mental, hoje o assunto é trazido de forma tão constante que corre o risco de, em breve, ser banalizado.

Diante da complexidade da temática, vale relembrar que o óbvio precisa ser suscitado nesse momento, já que quando se fala em saúde mental, diversos aspectos da vida são trazidos à tona, como a rotina, carreira, família, relações e outras tantas vertentes que se encontra no caminho. Mas, para que se possa entender de forma clara, vale a pena retomar o conceito de saúde trazido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 1946, sendo a saúde “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença”.

Ainda no que condiz aos conceitos vinculados a saúde, vale entender que o conceito de saúde mental, ainda que amplo, traz também o entendimento do nível de qualidade de vida emocional e cognitiva que uma pessoa leva, ou seja, do quanto ela consegue exercer as suas atividades e demais relações sem que haja um prejuízo notável em sua vida. Desse modo, é ainda mais visível a compreensão do quanto a população brasileira segue distante desta realidade, visto que por inúmeras questões sociais não conseguem dedicar um espaço em sua rotina para olhar para a sua saúde mental.

Deste modo, ao discorrer acerca de alguns dos aspectos que são vistos quando se fala em saúde mental, um dos caminhos possíveis é adaptar uma rotina de cuidados a realidade de cada um, entendendo que neste momento a subjetividade está em jogo. Para que se efetive da melhor forma, é necessário estar atento aos sinais emocionais e físicos que possam vir aparecer e denunciar um esgotamento emocional. Então, entendendo que a prevenção é o melhor caminho, tirar um tempo do seu dia para entender como está se sentindo e se deparar com as emoções que surgem, é algo simples e que auxilia no entendimento de uma série de padrões emocionais. Seja em casa, no ônibus, caminhando ou em qualquer lugar, olhar para si é uma tarefa não somente de autocuidado como também uma aliada a saúde.

Por fim, para que tais cuidados se tornem ainda mais efetivos, buscar meios confiáveis para compreender as diferentes formas de se cuidar é necessário, portanto, busque profissionais sérios e éticos para te ajudar nesta caminhada e lembre-se que o melhor caminho para uma vida saudável é a prevenção.

Fonte: Carolina Vieira Leite
Psicóloga – CRP 07/34578
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