
Cada um dos indivíduos dentro de uma relação conjugal leva para o relacionamento uma história de vida, uma forma de pensar o mundo e suas relações, que foram formadas a partir de seus vínculos familiares.
Na relação conjugal, estas percepções individuais se chocam, gerando o conflito. Sendo que dentro da contemporaneidade é dificultada pelo individualismo, onde o “eu” é priorizado ao “nós”. A questão então é como se equacionar para que o “nós” seja priorizado sem que o “eu” não seja totalmente colocado de lado, pois constituir um casal demanda a criação de uma zona comum de interação, de uma identidade conjugal. Muitos casais enfatizam mais a autonomia e a satisfação de cada cônjuge do que os laços de dependência entre eles. Deve-se sustentar o crescimento e o desenvolvimento de cada um, mas ficar atento para a necessidade de vivenciar a conjugalidade, ou seja, a realidade comum do casal, os desejos e projetos conjugais.
Quando isso não acontece, até as brigas de casal, por mais “tolas” que sejam, contribuem para minar o relacionamento, fazendo surgir o medo, a raiva, a ansiedade e as criticas que podem acabar com o amor e o respeito entre ambos.
É preciso enfatizar que o conflito na presença dos filhos tem alta incidência de temas relacionados a eles, como: problemas de educação e cuidados diários. Tais assuntos considerados especialmente angustiantes para serem debatidos diante de crianças ou adolescentes.
A exposição dos filhos aos conflitos conjugais é um fator de risco por presenciarem discórdias relativamente hostis e emocionalmente negativas no ambiente doméstico.
Buscar o autoconhecimento e a modificação de padrões pessoais para poder lidar com as emoções; estabelecer limites e impedir que os filhos sejam inseridos nos conflitos do casal é uma demonstração de respeito pela família que decidiram formar.
Fonte: Zulmira Regina Puerari Pan
Psicóloga Clínica, com formação em Tanatologia e Terapia de Casal
CRP 07/21386
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