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LIMITES: A MELHOR PROTEÇÃO CONTRA A VIOLÊNCIA FEMININA

8 de março de 2024

Cada vez mais está sendo divulgado nas mídias sobre a violência doméstica, abusos físicos, abusos emocionais principalmente em mulheres. A vergonha, o medo, a culpa e o julgamento são os principais impedimentos de algumas mulheres soltarem a voz e denunciar os agressores e os assediares.

Ampliando o olhar com a Terapia Sistêmica, é possível trazer luz a tanta violência contra o feminino. Muitas mulheres tiveram seus limites violados ainda no seio familiar, quando não se sentiram acolhidas, quando ainda pequena era atribuída uma responsabilidade maior que poderia dar conta, com a sua pouca idade, a comunicação familiar era escassa, o ambiente possivelmente era um ambiente de muito gritos, xingamentos, insultos, e poderia ter também histórico de alcoolismo.

Pode ser que muitas mulheres que passam por situações de violência, tanto patrimonial, moral, psicológica e outras, que elas não consigam reconhecer o que o outro está passando dos limites do aceitável, do respeitoso, e se não se conseguem identificar, reconhecer, como ela vai ter recursos para impor os limites que está tão falado?

A premissa que para aceitar e respeitar os próprios limites delas, elas primeiro precisam conhecer o que é abusivo para elas, e se algum deles fazem parte da construção da história familiar delas, para quê elas não normalizem os abusos. Não passe mais “despercebidos”.

Limites claros bem definidos até para a família de origem, por exemplo, rever as regras estabelecidas por várias gerações, essa linha imaginária que separa duas ou mais pessoas, precisa ser respeitada. Exemplo: o marido que tem livre acesso ao celular da esposa, o espaço da individualidade não está sendo respeitado, e se a esposa justifica esse comportamento invasor, seria ela que precisaria conhecer os limites dela, para depois entender o limite do parceiro. São coisas simples, mas que a proximidade excessiva pode distorcer e se tornar “aceitável” o inaceitável.

Outro exemplo sistêmico é, observe como a informação é passada pelos outros membros da família, de que forma é feito isso, quem frequentemente os faz? Tudo isso importa e muito. Os limites são regras aprendidas dentro do contexto familiar, e a forma como as coisas funcionam lá, influenciam como uma mulher pode se relacionar fora do seu sistema. Para sair disso, um caminho é o fortalecimento da autonomia da mulher em psicoterapia para ela aprender se proteger.

Fonte: Edna Mara Grahl
Psicóloga Sistêmica
CRP 07/32844
(54) 99951-8237
Instagram: @psicologaednagrahl


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