Atualmente devido a facilidade das informações sob a forma eletrônica, muitos pacientes tem buscado atendimento questionando se seus sintomas de assimetria e desproporção corpórea, principalmente, em membros inferiores e superiores pode ser ou não Lipedema. Essa causa, muitas vezes subjugada de forma errônea é tratada como obesidade, mas ai está um dos maiores erros envolvendo essa patologia.
Então o que vem a ser essa “doença”? Como diagnosticá-la? Como tratá-la?
O Lipedema é definido pela desproporção simétrica de acúmulo de gordura, geralmente na região glútea, coxas, joelhos e pernas poupando-se os pés. Nos membros superiores, pode acometer braços, poupando a região das mãos. Esse aumento de gordura vem acompanhado da queixa de edema e dor – principalmente a palpação.
Praticamente acomete apenas pessoas do sexo feminino, dessa forma especialistas partem do principio de que a causa principal é a questão hormonal associado a carga genética.
Essa patologia geralmente apresenta sintomas na puberdade ou no adulto jovem, não se restringindo apenas aos sintomas já supracitados, mas podem apresentar queixa locais: hematoma por aumento da fragilidade capilar, insuficiência venosa crônica, linfedema e aumento de sensibilidade, como, também, sintomas sistêmicos: fadiga, diminuição da condição física e da força muscular. Além das queixas referidas dos pacientes, o exame físico pode nos trazer informações importantes para suspeitar do diagnóstico da patologia.
O diagnóstico por sua vez é clínico, classificado pela gravidade ou pela distribuição dos achados e por vezes utilizados exames de imagem – ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética – para diferenciar de outras patologias que podem gerar a assimetria e dor nos membros acometidos.
Nos pacientes diagnosticados com Lipedema, cujos quais excluído outras causas de edema simétrico dos membros, buscamos amenizar e tratar os mesmos com terapia combinada e de forma multidisciplinar, médicos, fisioterapeutas, nutricionistas e, até mesmo, psicólogos e terapeutas, assim minimizando a progressão da doença bem como suas complicações. Em casos mais avançados, o tratamento cirúrgico pode ser utilizado.
Fonte: José Missio
Cirurgião vascular – CRM 42434 / RQE 39978
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