O Transtorno do Espectro Autista (TEA) ainda é cercado por muitos mitos, que podem dificultar a compreensão, o alcance e a inclusão das pessoas no espectro. Desmistificar essas ideias é fundamental para promover uma sociedade mais acolhedora e informada.
MITOS
Pessoas autistas não têm sentimentos.
Muitas pessoas acreditam que os autistas são frios ou incapazes de sentir emoções, o que é falso. Pessoas com TEA sentem e expressam emoções, mas podem fazê-lo de maneiras que não seguem os padrões típicos.
Autistas não podem se comunicar.
Embora algumas pessoas autistas não sejam verbais, isso não significa que elas não possam se comunicar. Muitos utilizam gestos, escrita, aplicativos ou outras ferramentas para expressar suas ideias.
Autismo é causado por vacinas.
Este é um mito amplamente desacreditado. Estudos científicos extensivos não encontraram nenhuma ligação entre vacinas e autismo. Apesar de já termos visto movimentos antivacina motivados por esse tipo de inverdade, hoje sabemos que não há evidências que comprovem essa relação.
Todos os autistas têm habilidades extraordinárias, como ‘gênios’.
Embora existam pessoas autistas com habilidades profissionais, essa não é a realidade para a maioria. O espectro é amplo e as habilidades variam significativamente de pessoa para pessoa.
Autismo tem cura.
O TEA não é uma doença, mas uma condição neurológica e de desenvolvimento. Não há cura, mas existem disciplinas e terapias que ajudam a melhorar a qualidade de vida.
VERDADES
O autismo é um espectro.
O TEA abrange uma ampla gama de características e habilidades, desde indivíduos que recebem pouco suporte até aqueles que exigem assistência significativa em suas vidas diárias.
O diagnóstico é feito por avaliação clínica.
Não há exames laboratoriais ou de imagem para diagnosticar autismo. A avaliação é feita por especialistas com base no comportamento e no desenvolvimento.
Diagnóstico precoce faz diferença.
Intervenções precoces, como terapia comportamental, ocupacional e fonoaudiologia, podem ter um impacto positivo no desenvolvimento de habilidades sociais, de comunicação e na independência da pessoa com autismo.
Pessoas com TEA podem aprender e se desenvolver.
Com o suporte adequado, muitas pessoas autistas alcançam grandes conquistas, estudam, trabalham e podem ter relacionamentos.
Fonte: Iara de Lima Freitas
Psicóloga Clínica – CRP 07/34089
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