É muito provável que em algum momento de sua vida tenha lhe ocorrido à mente o pensamento sobre a necessidade de sessões de psicoterapia, quer seja para si ou para alguém de suas relações. Mas o que significa para você “ir ao psicólogo”? Se o que lhe passa pela cabeça é aquela cena clássica de um analista sentado ao seu lado a lhe escutar deitado em um divã (esta é apenas uma das técnicas), ou então, sentado frente à frente com alguém a murmurar anotações em planilha sobre sua fala, está na hora de reformular conceitos. Mas você não está sozinho; há milhares de pessoas que acham também que psicoterapia é falar pelos cotovelos para receber conselhos do psicólogo, pensam que é ficar numa condição passiva a esperar por resultados, acreditando que, como por um passe de mágica, as coisas mudem (para melhor) em suas vidas.
Está consagrada na literatura psicanalítica a expressão “the talking cure”, proferida por uma das pioneiras analisadas por Freud, a qual significa, em uma tradução literal, a cura pela fala. Tem poder? Sim, mas não é mágica, repito. Você já se deu conta sobre como as coisas mudam e, cada vez mais, a uma velocidade exponencial? A popularização da televisão no Brasil se deu há 50 anos, e muita coisa mudou de lá para cá. Se, inicialmente as imagens eram de baixa qualidade, dois ou três canais para assistir em preto e branco, hoje, os aparelhos tanto podem ser maiores do que uma parede ou estar na palma de nossas mãos em imagens 4k, UHD e com um grande diferencial: deixamos de ser passivos. Se, antigamente, a família sentava-se na sala em sofás, cadeiras ou almofadas pelo chão, paralisados assistindo à programação, hoje, interagimos onde estivermos, na rua, no parque, no shopping por QR codes, votações, canais de mensagens, etc… Pausamos, assistimos à hora que nos convir (sem precisar chegar em casa correndo para não perder ao noticiário), maratonamos séries ao nosso gosto, enfim, não se vê mais televisão como antigamente.
Então, o ato de “ir ao psicólogo”, deve continuar ainda atrelado a um modelo secular? É um conhecimento científico que vem sendo construído a pouco mais de um século e que a cada dia vai ampliando suas possibilidades, não se trata de nega-lo, todavia, não nos cabe o descarte de novas formas de fazer psicoterapia. Em meu trabalho deixo claro a quem me procura de que nosso encontro semanal serve apenas para balisar o que acontece entre uma sessão e outra, não ficando restrito a sessões passivas/teóricas, apenas na conversa. É preciso que meu cliente (como alguns psicólogos não adoto o termo paciente, muito associado à doença) deva ser o tomador de atitudes! Como está sua alimentação? Qual atividade física pratica? Qual a qualidade de seus pensamentos?
Há muitos estudos e pesquisas avaliando a correlação entre alimentação, atividade física e saúde mental e o mais importante: apresentando resultados satisfatórios em bem-estar e saúde naqueles que praticam um estilo de vida com qualidade, independentemente de idade, pois, nunca é tarde para começar.
Pois bem, se a proposta deste breve texto era a de alertar de que é possível “irmos ao psicólogo” de outra forma, mais participativa e moderna, reafirmo que sim, e com grandes perspectivas. Baseado em fundamentos da Medicina Proativa – aquela onde não é aceitável esperar a doença chegar para só a partir daí buscar-se um tratamento – proponho uma psicoterapia de atitudes, onde a ação antecipa-se à reação, onde cuidados com a alimentação e com atividades físicas são itens obrigatórios a quem atendo. Se a sua intenção é a de vir ao psicólogo consciente de que vai encontrar trabalho fora do setting terapêutico, aí estaremos diante de uma nova forma de fazer psicoterapia, e com grandes chances de ótimos resultados.
Está na hora de quebrar paradigmas. Bem-vindo a 2025!
Fonte: César A R de Oliveira
Psicólogo
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