Bem-estar

Angústias do final do ano!

15 de dezembro de 2017

O fim de cada ano traz um sentimento angustiante, às vezes, sentido como um vazio, outras tantas como frustração. Muitas pessoas chegam a ficar deprimidas nessa época, o que é muito comum nos consultórios de psicologia. Diversas pessoas chegam dizendo frases como “não suporto esta época do ano’, “é uma falsidade total”, “me sinto sozinho”, “me dá um nó na garganta, não consigo me sentir feliz igual a essas pessoas”, “queria que essa época não existisse”, enfim… Mas por que isso acontece? Por que temos esses sentimentos? O final do ano é simbólico, tem o sentido de encerramento de um ciclo. Quando estamos encerrando uma etapa, costumamos avaliá-la. Questionamos as metas que nos impusemos, aquilo que conquistamos e o que não atingimos. Esses pensamentos podem ser conscientes ou mesmo inconscientes. As dores são mais evidentes para aqueles que tiveram brigas em família, dívidas, metas não atingidas, decepções amorosas, problemas no trabalho, dificuldades com a saúde. Atualmente, vemos na mídia, nas propagandas, pessoas sorrindo, compartilhando uma felicidade quase que exacerbada. Essas ações ajudam a aumentar ainda mais esses sentimentos dolorosos e as frustrações sentidas. Chegam a gerar, em muitas pessoas, até mesmo um sentimento de raiva para com essa época do ano. Então, como lidar com isso? Todo encerramento traz consigo a elaboração de um luto. É natural sentir a dor daquilo que já não é mais… daquilo que já se findou. Devemos pensar, sim, naquilo que nos frustrou, no que não conseguimos, no que erramos. Será, porém, que não estamos confundindo metas com sonhos? O que realmente eu tracei como objetivo e trabalhei para atingi-lo? É um momento para pensarmos em como estamos lidando com a nossa vida, com aquilo que desejamos. Será que estamos esperando que o “outro” nos proporcione as conquistas que queremos? É comum ouvir no consultório frases como: “Se Deus quiser, eu vou conseguir. Se o governo melhorar, aí, sim, conquistarei. Se minha família entendesse, então eu seria feliz”. Enquanto colocarmos a responsabilidade de sermos felizes nos outros, sempre existirá uma enorme possibilidade de nos frustramos. Também devemos nos conscientizar do que consiste realmente uma meta, que é um desejo possível de ser realizado, e organizar os passos para que isso seja atingido. Não adianta nada somente desejarmos! Eu até brinco no consultório dizendo: “Quero ter um carro novo, uma casa boa, poder viajar, ter saúde!” Mas só querer não adianta. O que será que eu tenho que fazer para conquistar esses desejos? O fim do ano é um momento em que podemos repensar nossas atitudes para atingir aquilo que desejamos e então, sim, iniciar um novo ciclo, um ano novo com outra postura, com metas reais, consolidando as atitudes que devemos tomar para que elas sejam conquistadas.

Fonte: www.praticandopsicologia.com.br


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