Bem-estar

Capacidade de rir de si mesmo, você tem? O que significa para ti?

4 de fevereiro de 2020

A pergunta que nos vem ao cairmos no chão: “Todo mundo me viu no chão?” você já pensou nisso? Nesse momento passamos pela negação, pois é natural que surja vergonha devido à queda. Costumamos sair dessa situação disfarçando e tentando ver se alguém assistiu a essa falha, esse vexame, que provoca uma série de sentimentos negativos.

Quando nos conhecemos, entretanto, percebemos que cair é humano e perceber a graça dessa situação é vivenciar a maturidade. O processo é pensar no que acontece no cotidiano e compreender como nos vemos. A sabotagem é se enganar continuamente, não dando tempo para trazer as coisas a nossa consciência, deixando-as no inconsciente, o que nos deixa mais imaturo.

Nossa emoção primária é o medo, a segunda é a perda, em que o valor das coisas é dado por nossa singularidade, desde um simples lápis de R$ 2,00 ao valor sentimental depositado nele, por tê-lo recebido de um filho querido, o que gera ansiedade e angústia, caso seja perdido ou tirado de si. No indivíduo surge a ideia de culpa, culpa por não ter cuidado o suficiente do objeto, medo de repetir essa perda. É importante trabalhar o que deixamos para trás e como o deixamos, não nos permitindo ser. Desse modo, estamos diante da sabotagem emocional que acontece quando guardamos desses processos a mágoa e o ressentimento.

Para ilustrarmos esse cenário vou lembrar de Gabrielle Chanel, uma personalidade do mundo da moda e do sucesso, Coco Chanel. Ela não estava apenas à frente de seu tempo, ela estava à frente de si mesma. Mas sua história vem também de um ato de imaginação, autoinvenção, um romance que fazia continuamente, enfeitando sua história de vida, reinventando-se. Por vezes, questionada e cobrada pelos que a cercavam sobre sua origem humilde e de abandono na infância, ela preferia acreditar que vinha de uma situação melhor, para continuar sendo quem era, assim mataria seus demônios particulares, seus medos, mesmo negando seus tombos da vida.

Coco nos traz algo simples, como modelo de sucesso e satisfação profissional. Não foi com conceitos pomposos, associados a planos de ações, que o sucesso chegou para Chanel, mas por meio de sua percepção, do que acreditava ser necessário para si, promovendo iniciativas que a levaram a outros níveis, nos quais investia no que adorava e assim atingia seus objetivos.

Há um preço a pagarmos, o preço da inércia. Ou então enfrentamos o medo e aceitamos as mudanças. Essa atitude é que pode transformar os objetivos em resultados.

Fonte: Simone Pinheiro Soares – Psicóloga clínica e organizacional — CRP 07/25010


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