Saúde

Dezembro Vermelho: mês da prevenção contra o HIV

15 de dezembro de 2017

Foi sancionada no dia 8 de novembro, a Lei 13.504, que institui a Campanha Nacional de Prevenção ao HIV/Aids e outras infecções sexualmente transmissíveis (Dezembro Vermelho). A campanha terá foco na prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos das pessoas que vivem com HIV/Aids. O laço vermelho é o símbolo do Dezembro Vermelho e é visto como símbolo de solidariedade e de comprometimento na luta contra o HIV e a AIDS.

Ter o vírus HIV não quer dizer que a pessoa tenha Aids. HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana, que provoca o enfraquecimento do sistema imunológico do corpo, deixa o organismo mais vulnerável ao aparecimento de doenças oportunistas, que vão de um simples resfriado a infecções mais graves, como tuberculose e câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado com a presença do vírus HIV no organismo. O vírus do HIV pode ser transmitido em relações sexuais sem o uso de preservativo, com o compartilhamento de seringas contaminadas, de mãe para filho durante a gestação ou amamentação, por meio de instrumentos que furam ou cortam não esterilizados. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o HIV não é transmitido pelo beijo, com o compartilhamento de toalhas e talheres, apertos de mão, uso de banheiro, piscina, sabonete, assento de ônibus, picadas de insetos, tosse ou espirro, roupas, lençóis e travesseiros

Os sintomas da Aids são febre persistente, tosse prolongada ou garganta arranhando, suores noturnos, inchaço dos gânglios linfáticos durante mais de três meses, dores de cabeça e dificuldades de concentração, dores nos músculos e nas articulações, cansaço, fadiga e perda de energia, perda rápida de peso, candidíase oral ou genital que não passa, diarreia por mais de um mês, náusea e vômitos, manchas avermelhadas e pequenas bolinhas vermelhas ou feridas na pele.

O tratamento é feito com medicamentos antirretrovirais que são fornecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. Esses medicamentos combatem o vírus e fortalecem o sistema imunológico, mas não curam a doença, pois a cura para ela ainda não foi descoberta. A prevenção contra o HIV é simples, recomenda-se o uso de preservativo durante as relações sexuais, ação que previne também contra a hepatite B, hepatite C e sífilis, recomenda-se também a utilização de seringas e agulhas descartáveis e o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, as mulheres grávidas e infectadas pelo vírus devem usar antirretrovirais durante a gestação para prevenir a transmissão para o bebê e devem evitar a amamentação de seus filhos.

Mesmo com o vírus do HIV, as pessoas podem levar uma vida normal. Hoje é possível, inclusive, que mulheres soropositivas planejem uma gravidez, já que com o tratamento adequado podem-se reduzir os riscos de uma transmissão da mãe para o bebê para 3%. Em 2016, 18,2 milhões de pessoas começaram um tratamento contra a Aids e esse número ainda não representa nem metade da população mundial infectada. Prevenir não é só usar camisinha em suas relações: é falar, ouvir, ajudar, não estigmatizar, ajudar a dar esperanças e entrar nessa corrente contra a Aids.

Fonte: Caroline J.S. Barbon – Enfermeira – COREN 485.795 – Cia da Vacina – Telefone: (54) 3314-6107


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