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Dor na relação sexual não é normal!

10 de julho de 2017

A relação sexual sempre foi vista como um ato prazeroso na vida das mulheres. Mas infelizmente não é para todas que ela é vista assim. Cerca de 20% de brasileiras queixam-se de dores na relação sexual. Às vezes, a dor é tão grande que chega a impossibilitar a penetração do parceiro, fazendo com que ela comece a apresentar desinteresse ou até mesmo evite a intimidade sexual.
As principais causas de dor são:
:: Dispareunia: dor antes, durante e após a relação sexual.
Pode ser classificada como primária, dor desde a primeira relação sexual. Secundária: tinha a atividade sexual normal, porém, em determinado momento, por algum motivo, começa sentir dor na relação. Situacional, ocorre em somente algumas ocasiões. Generalizada, toda as relações apresentam algum tipo de desconforto.
Ela pode ser causada por fatores psicológicos, orgânicos ou físicos: os mais conhecidos são, menopausa (pela diminuição do estrogênio), endometriose, tratamentos pós-câncer, constipação intestinal crônica, crenças morais e religiosas, falta de desejo em fazer sexo, medos e tabus irracionais quanto ao contexto sexual, traumas de infância, aderências cicatricial, estenose vaginal, hímen fibrótico, entre outros.
:: Vulvodínea: é um termo usado para dor crônica ou desconforto na vulva, parte externa da vagina. Pode ser descrita como queimação, irritação ou sensibilidade aumentada na vulva, dificultando até mesmo a higiene íntima. A vulvodínea pode ser espontânea (ocorre sem nenhum toque ou contato, é uma dor constante), provocada (quando entra em contato com a vulva, por toque, exame ginecológico, roupa muito apertada, entre outros) ou mista.
:: Vaginismo: geralmente é caracterizado pela impossibilidade de qualquer tipo de penetração vaginal, devido à contração involuntária dos músculos do períneo. Normalmente, mulheres que apresentam essas disfunções, não conseguem, por mais que tenham vontade, realizar o ato sexual. Relatam sentir dor insuportável, até mesmo com a introdução de um cotonete ou absorvente interno na vagina.
No exame ginecológico, muitas vezes sem sucesso, investiga-se informações como casos de doenças infecciosas na região vagina, experiências sexuais, traumas infantis, medo da penetração, tensão na musculatura perineal, entre outros.
Além da dor na entrada da vagina, muitas apresentam tensões em músculos das pernas e glúteos, calafrios, náuseas e sudorese. Muitas pacientes relatam que as vezes demoram para chegar no tratamento correto, pois escutam que” é só respirar, tomar um vinho, relaxar”. Mas não é tão simples assim. Elas precisam de avaliação detalhada, para saber qual as condições da musculatura pélvica e as necessidades de cada mulher.
A boa notícia é que tem cura e a fisioterapia pélvica pode te ajudar.
A fisioterapia utiliza técnicas para reeducação da musculatura do assoalho pélvico, estimulando a contração e o relaxamento correto dos músculos. Essas técnicas incluem mobilização pélvica, exercícios perineais, manobras miofasciais (proporcionando alongamento e liberação dos pontos de tensão), biofeedback, eletroestimulação, autodessensibilização, uso de dilatadores. O tratamento deve ser realizado individualmente, por um profissional especialista, que tenha conhecimento de qual método é o mais indicado para cada paciente.
Se identificando com qualquer sintoma, consulte seu médico e uma fisioterapeuta pélvica. Todos merecem uma vida sexual saudável, prazerosa e sem dor.

Fonte: Caroline Artusi – Fisioterapeuta pélvica – Crefito 5 166.821-f – Telefones: (54)3045-3693 e (54) 98123-0464


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