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HSVP entrega primeira laringe eletrônica fornecida pelo SUS

18 de janeiro de 2024

Paciente de 63 anos realiza consultas de adaptação para o uso do equipamento com o Serviço de Fonoaudiologia da Instituição

Pessoas que removeram a laringe devido ao câncer podem perder a capacidade de se comunicar através do uso da voz. Para a reabilitação e a melhora da qualidade da comunicação, os pacientes contam com a ajuda de um aparelho muito eficaz: a laringe eletrônica. No Serviço de Fonoaudiologia do Hospital São Vicente de Paulo, de Passo Fundo, a tecnologia ajuda a devolver a qualidade de vida para pessoas que fizeram a laringectomia total.

Solange da Silva Veiga em atendimento da fonoaudióloga Victória Dipp Citron, no Ambulatório de Oncologia do HSVP, após receber a laringe eletrônica


Uma das pacientes que realizou o procedimento para remoção da laringe foi a dona Solange da Silva Veiga, de 63 anos, que, por conta disso, perdeu a capacidade de produzir a voz. Recentemente ela recebeu uma laringe eletrônica, a primeira entregue pelo Sistema Único de Saúde para a Instituição. Até então, os pacientes aptos a utilizarem o equipamento precisavam adquiri-lo com recursos próprios, via Estado ou judicialmente. 


Segundo a fonoaudióloga do HSVP, Laura Cristine Giacometti, o dispositivo de reabilitação vocal permite produzir a voz a partir da vibração emitida pelo aparelho. “Essa vibração é transmitida através dos tecidos na região do pescoço e faz com que o paciente se comunique através da articulação da fala”, explica. Para isso, é necessário treino e terapia fonoaudiológica, que ocorre no ambulatório do Serviço de Oncologia do HSVP e é realizado pela equipe de fonoaudiologia. “Os modelos atuais de laringe eletrônica são portáteis e funcionam com baterias recarregáveis. Eles permitem a modulação vocal e ajustes que fazem com que a inteligibilidade da fala seja muito melhor”, complementa Laura. 


A profissional reforça, ainda, que equipamentos como a laringe eletrônica contribuem para a reintegração de pacientes laringectomizados na sociedade. “A adaptação da laringe eletrônica permite que o indivíduo possa se comunicar e ser entendido, bem como ser reinserido na sociedade após o tratamento oncológico, melhorando sua qualidade de vida”, conclui Laura.

 Modelos atuais de laringe eletrônica são portáteis e funcionam com baterias recarregáveis


De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, quase 8 mil pessoas são diagnosticadas com câncer de laringe todos os anos no Brasil. A equipe do Serviço de Fonoaudiologia realiza este trabalho com os pacientes oncológicos há mais de dez anos no HSVP. Além da dona Solange, inúmeras pessoas já foram atendidas e orientadas pelos profissionais quanto ao uso da laringe eletrônica nesse período.


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