Alimentação

A importância de se alimentar com frequência, mas de forma correta

18 de maio de 2016

Em dezembro de 2014 foi publicada uma pesquisa realizada em São Paulo sobre os períodos de jejum prolongados e nosso gasto calórico. A pesquisa foi inicialmente realizada em ratos, divididos em dois grupos: um grupo (intervenção) que passava 24 horas sem alimentos e 24 horas com alimentação livre, já o outro grupo de ratos (controle) recebia alimentação livre o dia todo. Ambos os grupos receberam a mesma quantidade de água e alimentos durante o dia, exceto no dia em que o grupo intervenção passava as 24 horas em jejum.

No final do trabalho foram pesados os ratinhos e o grupo que recebeu alimentação a vontade tinha 11% mais peso em relação aos ratinhos que passaram por jejum de 24 horas e depois tinha alimentos à vontade. Apesar de esses ratos ter menor peso, eles apresentavam hiperfagia (comer muito) quando voltavam a se alimentar. Após oito semanas, os ratos de ambos os grupos foram avaliados por calorimetria indireta, é uma forma de estimar o gasto calórico. E observaram que quando os ratos estavam em jejum, o gasto calórico deles caia e quando os mesmos ratos se alimentavam a taxa metabólica, ou seja, o gasto calórico do ratinho se elevava.

Os pesquisadores avaliaram também a taxa de alguns neurotransmissores nos ratos e, observaram que no período de jejum, os ratos apresentavam queda de 30% de hormônio liberador de tireotrofina (TRH), que esta associado à liberação dos hormônios da tireoide. Tal fato pode ajudar a explicar o porquê do gasto calórico dos ratos ter apresentado queda durante o período de jejum.

Com essa pesquisa, os autores concluíram que o jejum leva a alterações no hipotálamo, tais alterações explicam as diferenças de massa corporal, ingestão calórica e do gasto calórico nos ratos estudados.

Entretanto de nada adianta comermos de forma frequente, mas desbalanceada.

Precisamos ter melhor planejamento sobre nossas refeições, inclusive sobre os lanches entre as refeições principais, a fim de prevenir hiperfagia na refeição seguinte e para dar permitirmos a queda na nossa taxa metabólica, ou seja, no nosso gasto calórico.

Seguem sugestões de lanches saudáveis: frutas naturais, frutas secas ou liofilizadas (desidratadas), frutas oleaginosas naturais (castanhas, nozes, amêndoas…), sanduíche natural, bolos integrais e com pouca gordura, milho verde cozido, vitaminas com fibras e frutas naturais.

Devemos além de se alimentar com intervalos de três horas, lembrar da hidratação nesses intervalos, seja com água, água de coco, sucos naturais. Vale investir em isotônicos quando formos nos exercitar ao ar livre e a perda de líquidos corporais for intensa.

 

Fonte: Marina Marina Pereirada Silva Pereira – Nutricionista CRN 2 9938 – Telefone: (54) 3314-4864


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