Bem-estar

Maior inimigo da rinite alérgica é o frio

10 de julho de 2017

Dentre as doenças de inverno, a rinite alérgica é a que traz mais desconfortos. Nariz entupido, coceira, espirros e coriza excessiva. Muitas vezes esses sintomas são ignorados, se prolongam e o processo se complica. A frequente congestão nasal obriga a pessoa a respirar pela boca, podendo ocasionar irritação na garganta, voz anasalada, ronco e outros distúrbios respiratórios do sono.
Não é incomum a associação de outras doenças, como, por exemplo, otites, sinusites, faringites, amigdalites e asma. A respiração oral crônica, por sua vez, particularmente nas faixas etárias mais precoces, frequentemente se associa a alterações de desenvolvimento facial e dentárias.
Para quem sofre de alergia, o inverno traz desafios no controle da doença. Nessa época do ano, por passar muito tempo dentro de casa e em lugares fechados para se abrigar do frio, o alérgico fica em contato com vários alérgenos (substâncias que causam alergias), sendo necessário redobrar os cuidados contra os fungos, ácaros, poeira, pelo e saliva de animais domésticos, mofo, bolor, entre outros desencadeadores. Os vilões da alergia também não dão trégua ao ar livre, como a poluição do ar, resíduos de veículos e até o pólen das flores.
:: Sintomas recorrentes
Vale ressaltar que a rinite alérgica não é uma infecção, mas um processo inflamatório de hipersensibilidade da mucosa que reveste o nariz. Ao contrário da rinite, o resfriado e a gripe são causados por vírus. O primeiro é uma infecção que pode ser causada por inúmeros vírus, o mais comum é o Rhinovirus que desencadeia obstrução nasal, coriza, espirros e febre baixa. Já a gripe é ocasionada pelo vírus Influenza, que costuma provocar sintomas mais intensos que o resfriado, como febre alta e dores no corpo, além da obstrução nasal, tosse e espirros.
Por terem sintomas muito semelhantes, a rinite alérgica costuma ser diagnosticada como resfriado ou gripe. A recorrência dos sintomas e a ausência de febre devem atentar o paciente para a possibilidade de rinite alérgica. Vale ressaltar que o próprio resfriado ou a gripe podem agravar a inflamação da mucosa nasal de pacientes com rinite, piorando os sintomas. A grande parte dos pacientes com rinite alérgica apresenta limitações nas atividades diárias, produtividade reduzida no trabalho e em sala de aula, no caso de crianças.
:: Tratamento medicamentoso
O diagnóstico precoce e acompanhamento médico são fundamentais, uma vez que o paciente pode ser tratado preventivamente para evitar as crises decorrentes da rinite alérgica. Para algumas pessoas, fatores irritativos como o ar poluído da cidade ou alérgenos respiratórios, como a poeira doméstica são suficientes para o começar a espirrar e sentir coceira no nariz, o tratamento adequado possibilita o controle da doença e permite uma melhor qualidade de vida para o paciente.
As crises decorrentes da doença causam sérios incômodos aos pacientes. No entanto, é possível amenizá-las e conviver bem com esse tipo de doença alérgica. Apresentar rinite alérgica não significa que o paciente deva sofrer por causa dos sintomas. Entender como manter o problema sob controle e impedir que as crises interfiram na rotina do dia a dia é o primeiro passo para o paciente se sentir bem. O tratamento da doença nem sempre é complicado. Os medicamentos mais frequentemente usados são os anti-histamínicos e os corticoides nasais. A rinite alérgica tem caráter hereditário.
:: Rinite alérgica e o inverno
– Os quadros respiratórios tendem a ser mais frequentes, tanto os infecciosos (resfriados, gripes, rinossinusites) como os quadros alérgicos.
– Situações comuns tendem a aumentar a incidência de alergia respiratória, como o uso de agasalhos de lã que ficaram guardados nos armários. Essas peças, guardadas por muito tempo, costumam ter um odor que é capaz de desencadear sintomas relacionados à doença.
– A variação brusca de temperatura pode ocasionar um quadro clínico típico de um processo alérgico. Por exemplo, ao acordar pela manhã, a diferença de temperatura da cama aquecida e a do ar frio do quarto ou do banheiro pode fazer com que algumas pessoas que têm rinite alérgica tenham crises de espirros, obstrução nasal ou coriza.

Fonte: www.tribuna.com.br


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