Bem-estar

O que é e para que serve o sono

10 de novembro de 2017

Passamos cerca de um terço de nossa vida dormindo. Dormir bem é essencial não apenas para ficarmos acordados no dia seguinte, mas para mantermo-nos saudáveis com melhor qualidade de vida e até aumento da longevidade.

Os médicos sabem que o processo do sono é regido por um relógio biológico ajustado em um ciclo de 24 horas. Os ponteiros desse mecanismo são moldados geneticamente e sua sincronia depende de fatores externos, como iluminação, ruídos, odores, hábitos, tipos de colchões, vida social, etc.

Os especialistas acreditam que a principal peça dessa engrenagem é a melatonina – hormônio produzido no cérebro pela glândula pineal. Ele começa a ser secretado assim que o sol se põe, como um aviso para o organismo se preparar para dormir. Quando o processo tem início a temperatura cai de 1ºC a 2ºC e a pressão arterial também sofre uma leve queda. Daí, ao primeiro cochilo, é um piscar de olhos.

Em 1953, descobriu-se a existência de um fase de sono profundo, justamente quando sonhamos. Essa etapa foi batizada de REM (Rapid Eyes Moviment — movimento rápido dos olhos). Atualmente, os cientistas já sabem que o sono se divide em cinco fases, repetidas em ciclos, durante a noite.

Nosso desempenho físico e mental está diretamente ligado a uma boa noite de sono. O efeito de uma madrugada em claro é semelhante ao de uma embriaguez leve: a coordenação motora é prejudicada e a capacidade de raciocínio fica comprometida. Ou seja: sem o merecido descanso, o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantíssimas.

Em um estudo realizado pela Universidade de Chicago, onze pessoas com idades entre 18 e 27 anos foram impedidas de dormir mais de quatro horas durante seis dias. O efeito foi assustador. No final do período, o funcionamento do organismo delas era comparável ao de uma pessoas com mais de 60 anos e os níveis de insulina eram semelhantes aos de portadores de diabetes. Em pesquisas de laboratório, ratos usados com cobaias não aguentaram mais de dez dias sem dormir. A consequência: morte por infecção generalizada.

Enquanto ficamos na cama, uma espécie de exército de reconstrução atua recuperando as “baixas” acumuladas no período em que ficamos acordados. Isso prepara o corpo para a guerra do dia seguinte. Durante o sono profundo, as proteínas são sintetizadas em grande escala. Isso tem o objetivo de manter ou expandir as redes de neurônios ligadas à memória e ao aprendizado. Nesse processo, o cérebro comanda a produção e a liberação de hormônios, como a melatonina e o próprio hormônio do crescimento, que garante longevidade com maior jovialidade. Também regula os níveis de outras substâncias responsáveis pela regeneração de células e cicatrização da pele.

 

Fonte: Manual do Sono – Edição 2016

 


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