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Setembro é o mês marcado pela campanha Setembro Amarelo, uma iniciativa que busca conscientizar a sociedade sobre a prevenção do suicídio e promover o diálogo acerca da saúde mental. A cada ano, essa campanha se torna mais crucial, especialmente quando observamos como as questões financeiras podem influenciar negativamente a saúde mental. Problemas financeiros podem ser uma fonte significativa de estresse, ansiedade e depressão. Dívidas, dificuldades em pagar contas, e a incerteza sobre o futuro financeiro são fatores que podem contribuir para o desgaste emocional. Em muitos casos, a falta de educação financeira leva a decisões precipitadas, gerando um ciclo vicioso de problemas econômicos e psicológicos.
A saúde mental e a estabilidade financeira estão intrinsecamente ligadas. Preocupações financeiras podem gerar ansiedade, estresse e até mesmo depressão em muitas pessoas. A pressão de contas a pagar, dívidas acumuladas e a incerteza financeira podem pesar significativamente sobre a mente, tornando-se um fator de risco para problemas de saúde mental. Estudos e pesquisas têm consistentemente demonstrado essa conexão. Por exemplo, o estudo “Debt and Depression: Causal Links and Social Norm Effects”, de 2019, publicado no JAMA Psychiatry, investigou a relação entre dívida e depressão. Os pesquisadores encontraram uma associação significativa entre a dívida e o risco de depressão, sugerindo uma conexão direta entre problemas financeiros e saúde mental.
Além disso, problemas financeiros podem impactar negativamente a autoestima e a autoimagem. A sensação de fracasso financeiro pode levar à vergonha e à culpa, alimentando um ciclo de negatividade que prejudica a saúde mental. A autoestima abalada pode resultar em isolamento social, aumentando ainda mais o risco de depressão e solidão.
Por outro lado, uma vida financeira bem planejada e organizada pode ser uma poderosa ferramenta para reduzir a ansiedade e melhorar a saúde mental. Por exemplo, o estudo “Financial Behaviors and Financial Well-being of College Students: Evidence from a National Survey”, de 2017, publicado no Journal of Financial Counseling and Planning, examinou como o comportamento financeiro dos estudantes universitários estava relacionado ao seu bem-estar financeiro e emocional. Descobriu-se que práticas financeiras saudáveis estavam associadas a níveis mais altos de bem-estar emocional.
Assim como a saúde mental, a saúde financeira requer atenção, planejamento e cuidado. Estabelecer um controle financeiro, planejar gastos, criar uma reserva de emergência e evitar dívidas excessivas são passos fundamentais para garantir não apenas a estabilidade econômica, mas também para preservar o equilíbrio mental. Quando as finanças estão em ordem, o nível de estresse pode ser significativamente reduzido, permitindo que a pessoa foque em outras áreas da vida, como o autocuidado e o desenvolvimento pessoal.
Esse assunto reforça a ligação entre finanças e bem estar mental. Quando falamos que manter a vida financeira bem organizada, não é apenas sobre dinheiro que estamos falando. Mas sim sobre hábitos e comportamentos saudáveis. E se você precisa de ajuda, não deixe de procurar uma profissional qualificada para lhe atender.
Fonte: Priscila Battistella
Economista e consultora financeira
(54) 98415-1550
Instagram: @prihbattistella
