Saúde

Tudo sobre AIDS (HIV): sintomas, o que é, tratamento e mais

10 de novembro de 2017

A AIDS é uma doença crônica que atinge o sistema imunológico, podendo levar à morte quando não tratada. O indivíduo que sofre de AIDS tem a sua imunidade enfraquecida contra as infecções ou tumores (câncer, por exemplo).

A transmissão do HIV ocorre por meio do sangue, sêmen (também o líquido seminal que escorre no início da ereção), secreções vaginais e leite, da mãe para o recém-nascido ao amamentar, por isso recomenda-se a não amamentação quando a mãe tem o HIV.

A AIDS ainda não tem cura e nenhuma vacina de prevenção ou contra ela, apenas tratamento.

É importante conhecermos um pouco sobre a história da AIDS, antes de entrar nos detalhes da doença. A AIDS é considerada uma pandemia humana e teria início Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), na década de 1920, antes de se espalhar por todo o mundo em plena mutação, obtiveram uma equipe internacional de pesquisadores em outubro de 2014.

Os cientistas sugerem que o ancestral comum do HIV, muito provavelmente, tenha aparecido Kinshasa em 1920. Contudo, o HIV foi identificado pela primeira vez apenas em 1981.

 

:: 5 de junho de 1981: surgimento da Aids, dia em que o Centro de Controle de Doenças de Atlanta relatou, em cerca de cinco jovens homossexuais na Califórnia, uma pneumonia rara que anteriormente surpreendeu com problemas tópicos severos de imunossuprimidos. Os cinco jovens morreram de pneumonia.

:: 5 de julho de 1981: um mês depois, um câncer raro da pele foi diagnosticado em 26 homossexuais americanos, chamado de “câncer gay”, a doença foi então nomeada no ano seguinte como síndrome da imunodeficiência adquirida ou AIDS (em inglês, SIDA).

:: 1983: uma equipe francesa isolou o vírus transmitido pelo sangue, secreções vaginais, leite materno ou sêmen, que ataca o sistema imunológico e expõe às “infecções oportunistas” como tuberculose ou pneumonia.

:: 2 de outubro de 1985: o ator americano Rock Hudson morre de AIDS, outros famosos seguiriam o mesmo caminho, como os cantores: Cazuza (1990) e Freddy Mercury (1991) e o bailarino russo Rudolf Nureyev (1993).

:: 1986: foi desenvolvida a primeira droga, azidovudina (AZT), um antirretroviral que retarda a propagação do vírus, mas não a elimina. Ele foi oficialmente chamado vírus da imunodeficiência humana (HIV, sigla em inglês). Em dezembro, 4.500 casos foram relatados na Europa, um aumento de 124% em um ano.

:: 1996: a chegada da triterapia, mais conhecida como coquetel, mudou o jogo: de doença inevitavelmente fatal, a AIDS tornou-se uma doença crônica. As Nações Unidas criaram o Programa Conjunto sobre AIDS (UNAIDS). A epidemia se espalhou rapidamente na África e se agravou na Europa Oriental, Índia e China.

:: 2002: criação do Fundo Global de Luta contra a SIDA, tuberculose e malária, que contou com o apoio de Bill Gates.

:: 2003: lançado pelo presidente George W. Bush um programa de 5 anos de US$ 15 bilhões, o Pepfar.

:: 2006: estudos estabelecem que a circuncisão de homens não infectados com o vírus reduz pelo menos pela metade o risco de serem infectados pelo HIV. Mas ela não protege as mulheres. Ocorreram então campanhas de circuncisão precoce na África.

:: 2009: desde o início da doença, cerca de 25 milhões de pessoas morreram de AIDS e 60 milhões foram infectadas. Durante oito anos, o número de infecções diminuiu em 17% (UNAIDS).

:: 2010: Estudo mostra que um gel vaginal microbicida contendo um antirretroviral pode, quando utilizado corretamente, reduzir pela metade o risco de infecção pelo HIV em mulheres.

:: 2011: um ensaio clínico estabeleceu que tratar muito rapidamente as pessoas HIV positivas com antirretroviral, reduz quase completamente o risco de transmissão do vírus aos parceiros não infectados.

 

:: O que é a AIDS?

A Acquired Immune Deficiency Syndrome (AIDS) é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico, conhecida também por “Síndrome da Imunodeficiência Adquirida”, causada pelo HIV. Como este vírus ataca as células de defesa do corpo humano, o organismo fica mais vulnerável, seja para um simples resfriado até infecções mais graves, como tuberculose ou câncer, dificultando o tratamento dessas doenças.

O indivíduo diagnosticado com o vírus da AIDS é chamado de soropositivo, e tomando as medicações corretamente poderá ter uma boa qualidade de vida.

Para entender melhor o que é a AIDS, devemos antes entender o que é o Human Immunodeficiency Virus (HIV), sigla em inglês para o vírus da imunodeficiência humana, que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças.

As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+ (também conhecidos por glóbulos brancos, são um grupo de células diferenciadas a partir de células-tronco pluripotenciais oriundas da medula óssea e presentes no sangue, linfa, órgãos linfoides e vários tecidos conjuntivos), e alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo, multiplicando-se e rompendo os linfócitos, em busca de outros para continuar a infecção.

O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae. Esses vírus compartilham algumas propriedades comuns: período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.

Um indivíduo ter o HIV não é a mesma coisa que ter a AIDS, pois existem muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas nem desenvolver a doença. Contudo, podem transmitir o vírus a outros através de relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou da mãe para filho durante a gestação e amamentação.

Os linfócitos T CD4+ são os principais alvos do HIV e do HTLV, vírus causador de outro tipo de doença sexualmente transmissível. São esses glóbulos brancos que organizam e comandam a resposta diante dos agressores. Produzidos na glândula timo, eles aprendem a memorizar, reconhecer e destruir os micro-organismos estranhos que entram no corpo humano.

O HIV liga-se a um componente da membrana dessa célula, o CD4, e penetra no seu interior para se multiplicar. Com isso, o sistema de defesa vai pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças.

Quando o organismo não possui mais forças para combater esses agentes externos, o indivíduo começa a ficar doente mais facilmente e então se diz que tem AIDS.

 

:: Como identificar? Quais são os sintomas da AIDS?

Após o contágio pelo vírus HIV, os sintomas da AIDS podem demorar até 10 anos para se manifestar, por esta razão, a pessoa pode ter o vírus mas não a AIDS ainda em seu corpo. O organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar, devido a isso, a maioria dos casos passa despercebida. Entre os principais sintomas estão:

– Diarreia prolongada, sem causa aparente.

– Emagrecimento.

– Fraqueza.

– Febre alta.

– Problemas nos pulmões e dificuldades no desenvolvimento aparecem em crianças que nascem infectadas.

Os sintomas ainda variam conforme a fase da AIDS:

 

:: Infecção aguda:

– Dores de cabeça.

– Estado de prostração.

– Feridas na área da boca, esôfago e órgãos genitais.

– Falta de apetite.

– Ínguas e manchas na pele, desaparecem após alguns dias.

– Perda excessiva de peso.

– Náuseas e vômitos.

– Sensibilidade à luz.

– Sintomas de infecção viral: febre, afecções dos gânglios linfáticos, faringite, dores musculares e nas articulações.

 

:: Fase sintomática inicial

– Candidíase oral.

– Sensação constante de cansaço.

– Aparecimento de gânglios nas axilas, virilhas e pescoço.

– Diarreia.

– Febre.

– Fraqueza orgânica.

– Transpirações noturnas.

– Perda de peso superior a 10%.

 

:: Qual profissional devo procurar? Qual o diagnóstico?

O médico infectologista é o responsável por diagnosticar a AIDS. A Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, é a responsável pelos testes de diagnóstico da infecção por HIV e são realizados gratuitamente nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), bem como nas unidades das redes públicas de saúde, além de várias maternidades do país.

A AIDS ainda é classificada segundo o CDC e a Organização Mundial da Saúde (OMS):

 

:: Organização Mundial da Saúde (OMS):

Em 1990, a OMS agrupou essas infecções e condições em conjunto através da introdução de um sistema de estadiamento para pacientes infectados com HIV-1. Uma atualização ocorreu em setembro de 2005. A maioria dessas condições são infecções oportunistas que facilmente são tratáveis em pessoas saudáveis.

 

– Estágio I: infecção pelo HIV é assintomática e não classificada como AIDS.

– Estágio II: inclui pequenas manifestações mucocutâneas e recorrentes infecções do trato respiratório superior.

– Estágio III: inclui diarreia crônica inexplicada por mais de um mês, as infecções bacterianas e a tuberculose pulmonar.

– Estágio IV: inclui a toxoplasmose cerebral, candidíase do esôfago, traqueia, brônquios e pulmões e o sarcoma de Kaposi; essas doenças são indicadores da AIDS.

 

:: Centers for Disease Control and Prevention (CDC):

Existem duas principais definições para a AIDS, ambas produzidas pelo CDC:

A velha definição é a referência para a AIDS usando doenças que eram associados a ela, como por exemplo a linfadenopatia, condição clínica pela qual os cientistas descobridores do HIV originalmente nomearam o vírus.

Em 1993, o CDC expandiu a sua definição para a AIDS incluindo todas as pessoas HIV positivas com contagens de células T CD4 + abaixo de 200 por l de sangue ou 14% do total de linfócitos.

A maioria dos novos casos de AIDS nos países desenvolvidos usam essa definição ou a definição pré-1993 do CDC. O diagnóstico de AIDS ainda está de pé, mesmo que, após o tratamento, a contagem de células T CD4 + sobe para acima de 200 por l de sangue ou outras doenças definidoras da AIDS são curados.

 

A seguir, os principais testes para diagnosticar a AIDS:

:: Teste Elisa:

É o teste de laboratório mais realizado para este diagnóstico, são investigados anticorpos contra o HIV no sangue do paciente. Se uma amostra não apresentar nenhum anticorpo, o resultado negativo é fornecido para o paciente.

Se for detectado algum anticorpo anti-HIV no sangue, é necessária a realização de outro teste adicional, o teste confirmatório. Como testes confirmatórios, são usados o Western Blot, o Teste de Imunofluorescência indireta para o HIV-1 e o imunoblot.

São necessários os testes de confirmação porque, em alguns casos, os exames podem dar resultados falso positivos em consequência de algumas doenças, como artrite reumatoide, doença autoimune e alguns tipos de câncer.

O teste de confirmação é feito com a mesma amostra e o resultado definitivo é fornecido ao paciente. Se o resultado for positivo, o paciente será informado e chamado para mais um teste com amostra diferente. Sendo o resultado positivo ou negativo, encaminha-se o paciente para o “aconselhamento pós-teste”, uma conversa com o profissional do CTA ou do posto de saúde que orientará sobre prevenção, tratamento e outros cuidados com a saúde.

O Elisa é realizado com uma placa de plástico que contém proteínas do HIV absorvidas ou fixadas nas cavidades em que cada amostra de soro ou plasma (que são frações do sangue) será adicionada. Após uma sequência de etapas, nas quais são adicionados diferentes tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio de leitura óptica, em um equipamento denominado “leitor de Elisa”.

 

:: Teste Western Blot:

Seu custo é elevado, o Western Blot é confirmatório, ou seja, indicado em casos de resultado positivo no teste Elisa. Nele, os médicos procurarão fragmentos do HIV.

Para a realização do Western Blot, uma tira de nitrocelulose é utilizada, e nela serão fixadas proteínas do HIV. O soro ou plasma do paciente é adicionado e fica em contato com a tira de nitrocelulose. Depois da adição de vários tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio de leitura visual.

 

:: Teste de imunofluorescência indireta para o HIV-1:

Outro tipo de teste confirmatório, ele permite detectar os anticorpos anti-HIV. Com ele, o soro ou plasma do paciente é adicionado a uma lâmina de vidro que contém células infectadas com o HIV, fixadas nas cavidades.

Depois de uma sequência de etapas, em que são adicionados diferentes tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio da leitura em um microscópio de imunofluorescência.

 

:: Teste rápido:

Permite a detecção de anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do paciente em até 30 minutos, e pode ser realizado no momento da consulta.

O teste rápido permite que o paciente, no mesmo momento em que faz  o teste, tenha conhecimento do resultado e receba o pré e pós aconselhamento. Este teste é, preferencialmente, adotado em populações que moram em locais de difícil acesso, em gestantes que não fizeram o acompanhamento pré-natal e em situações de acidentes no trabalho.

 

:: O que causa? Qual é o tratamento para a AIDS?

Quando ocorre a infecção pelo vírus o sistema imunológico começa a ser atacado e divide-se em fases:

 

– Primeira fase (aguda): ocorre a incubação do HIV, tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença. Este período varia de 3 a 6 semanas.

– Segunda fase (assintomático): marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus, mas o organismo não chega a enfraquecer, mas é suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Este período pode durar muitos anos.

– Terceira fase (sintomática inicial): devido ao frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. Esta fase caracteriza-se pela alta redução dos linfócitos T CD4 (glóbulos brancos), que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, este valor varia entre 800 a 1.200 unidades.

 

O acompanhamento médico da infecção pelo HIV é majoritário, tanto para quem não apresenta sintomas e é assintomático (fase em que não precisa de remédios) quanto para quem já demonstra algum traço da doença e trata-se com os medicamentos antirretrovirais (AIDS).

O paciente sempre será avaliado quanto a sua evolução clínica nas consultas regulares. Seguir a risca o tratamento com os remédios é fundamental neste processo.

O uso irregular e/ou errado dos antirretrovirais faz acelerar o processo de resistência do vírus aos medicamentos, por isso, toda e qualquer decisão sobre interrupção ou troca de medicamentos deve ser tomada com o consentimento do médico que faz o acompanhamento do indivíduo soropositivo.

 

:: Exames de rotina

No atendimento inicial, os seguintes exames são solicitados:

– Avaliação do funcionamento do fígado e rins.

– Sangue (hemograma completo).

– Fezes.

– Urina.

– Testes para hepatites B e C, tuberculose e sífilis.

– Dosagem de açúcar e gorduras (glicemia, colesterol e triglicerídeos).

– Raios-X do tórax.

– Testes fundamentais para o acompanhamento médico: contagem dos linfócitos a fim de verificar a quantidade de vírus HIV presente no sangue do paciente.

 

Estes são cruciais para o médico decidir qual o momento mais adequado para iniciar o tratamento ou modificá-lo. Como servem de monitoramento da saúde de quem toma os antirretrovirais ou não, o Consenso de Terapia Antirretroviral recomenda que esses exames sejam realizados a cada 3 ou 4 meses.

A frequência dos exames e das consultas é determinada pelo médico e é essencial para controlar o avanço do HIV no organismo, determinando qual o tratamento mais adequado de acordo com cada caso.

 

:: O que é a janela imunológica?

Entende-se como o intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus da AIDS (HIV) e a produção de anticorpos anti-HIV no sangue. Esses anticorpos são produzidos pelo sistema de defesa do organismo em resposta ao vírus e os exames detectarão a presença dos anticorpos, que confirmará a infecção.

O período de identificação do contágio pelo vírus depende do tipo de exame (quanto à sensibilidade e especificidade) e da reação do organismo do indivíduo. Na maioria dos casos, a sorologia positiva é constatada de 30 a 60 dias após a exposição ao HIV.

Mas, há casos em que o tempo pode ser maior, o teste realizado 120 dias após a relação de risco serve apenas para detectar os casos raros de soroconversão – quando há mudança no resultado.

Se um teste de HIV for feito durante o período da janela imunológica, existe a possibilidade de apresentar um falso resultado negativo. Com isso, recomenda-se aguardar mais 30 dias e refazer o teste.

 

:: A AIDS tem cura? E os antirretrovirais?

Ainda não foi descoberta nenhuma cura para esta doença. Ela tem tratamento para que o paciente tenha uma qualidade de vida melhor, os chamados “antirretrovirais”, estes surgiram na década de 1980, para impedir a multiplicação do vírus HIV no organismo.

Eles não matam o vírus, mas ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico do paciente. Por isso, seu uso é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida de quem é diagnosticado com a AIDS.

No Brasil, o coquetel “anti-aids” é distribuído gratuitamente desde 1996 para todos que necessitam do tratamento. Segundo dados de 2015, 455 mil pessoas estavam em uso dos remédios para tratar a doença. Este coquetel é composto de 22 medicamentos, divididos em cinco tipos:

 

:: Inibidores Nucleosídeos da Transcriptase Reversa:

Atuam na enzima transcriptase reversa, incorporando-se à cadeia de DNA que o vírus cria. Tornam esta cadeia defeituosa, impedindo que o vírus se reproduza. São eles:

– Abacavir.

– Didanosina.

– Estavudina.

– Lamivudina.

– Tenofovir.

– Zidovudina e a combinação Lamivudina/Zidovudina.

 

:: Inibidores Não Nucleosídeos da Transcriptase Reversa:

Bloqueiam diretamente a ação da enzima e a multiplicação do vírus:

– Efavirenz.

– Nevirapina.

– Etravirina.

 

:: Inibidores de Protease:

Atuam na enzima protease, bloqueando sua ação e impedindo a produção de novas cópias de células infectadas com HIV:

– Itazanavir.

– Darunavir.

– Fosamprenavir.

– Lopinavir.

– Ritonavir.

– Saquinavir.

– Tipranavir.

 

:: Inibidores de fusão:

Impedem a entrada do vírus na célula e, por isso, ele não pode se reproduzir:

– Enfuvirtida.

 

:: Inibidores da Integrase:

Bloqueiam a atividade da enzima integrase, responsável pela inserção do DNA do HIV ao DNA humano (código genético da célula). Assim, inibe a replicação do vírus e sua capacidade de infectar novas células:

– Raltegravir.

 

Para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais combinados, sendo dois medicamentos de classes diferentes, que poderão ser combinados em um só comprimido.

O tratamento é complexo, precisa de acompanhamento médico para avaliar as adaptações do organismo ao tratamento, seus efeitos colaterais e as possíveis dificuldades em seguir corretamente as recomendações médicas.

 

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

 

:: Gestantes e idosos com HIV

:: Idosos

Pessoas com mais de 60 anos tem o sistema imunológico mais frágil que os demais pacientes, o que dificulta o diagnóstico de infecção por HIV. Isso se deve ao fato de que, com o envelhecimento, algumas doenças tornam-se comuns e os sintomas da AIDS podem ser confundidos com os de outras infecções.

Tanto a pessoa idosa quanto os profissionais da saúde tendem a não pensar na AIDS e, muitas vezes, a doença é negligenciada nesta faixa etária. O diagnóstico tardio de AIDS permite o aparecimento de infecções cada vez mais graves, comprometendo a saúde mental da pessoa (podendo causar até demência).

Quanto antes o tratamento tem início, mais o indivíduo soropositivo ganha em qualidade de vida.

 

:: Gestantes

Quando não há nenhum tratamento para a mãe durante a gestação, a taxa de transmissão pode ser de até 20%. Contudo, quando as recomendações são seguidas à risca, a possibilidade de infecção do bebê reduz para níveis menores que 1%.

Geralmente, os médicos recomendam o uso de remédios antirretrovirais combinados para a grávida e ao recém-nascido, o parto cesáreo e a não amamentação. O uso de medicamentos durante a gravidez é indicado para quem já está fazendo o tratamento e para a grávida que tem HIV, bem como para quem não apresenta sintomas e não está tomando remédios para a AIDS.

O uso dos remédios “anti-aids” pode ser suspenso ao final da gestação. Essa avaliação dependerá dos exames de laboratório (CD4 a Carga Viral) e do estado clínico da mãe, devendo ser realizada, de preferência, nas primeiras duas semanas pós-parto, em um serviço especializado (SAE).

 

– Diagnóstico durante o pré-natal: o teste para HIV é recomendado no 1º trimestre, mas, quando a gestante não teve acesso ao pré-natal adequado, o diagnóstico pode ocorrer no 3º trimestre ou até na hora do parto. As gestantes que souberem da infecção durante o pré-natal têm indicação de tratamento com os medicamentos para prevenir a transmissão para o feto. E recebem acompanhamento necessário durante a gestação, parto e amamentação. A mãe que tem o vírus não deve amamentar o bebê, pois há risco de transmissão do vírus da mãe para o filho através do leite.

– Gravidez depois do diagnóstico: além de ser um direito garantido por lei, as mulheres soropositivas podem ter uma gravidez tranquila, segura e com muito baixo risco do bebê nascer infectado pelo HIV, se houver um acompanhamento médico correto e todas as recomendações e medidas preventivas forem seguidas.

 

:: Como prevenir? É transmissível?

Para evitar a transmissão da AIDS, o método mais recomendado é o uso de preservativos durante a relação sexual, bem como o uso de seringas e agulhas descartáveis. Outras medidas consistem em testar previamente o sangue a ser transfundido e usar luvas quando for manipular feridas ou líquidos potencialmente contaminados.

 

Confira também 5 medidas para se prevenir do vírus HIV:

  1. Usar preservativo, masculino ou feminino em todo contato sexual.
  2. Usar além o preservativo, espermicida em spray à base de nonoxinol-9 para aumentar a proteção, se tiver contato sexual com paciente HIV positivo.
  3. Não compartilhar seringas.
  4. Evitar o contato com sangue ou secreções de um indivíduo contaminado.
  5. Identificar e tratar qualquer doença sexualmente transmissível, pois elas aumentam o risco de contaminação com o vírus HIV.

 

Importante!

Beijar ou encostar um paciente com AIDS não significa que a pessoa saudável pegará o vírus. Isso só ocorre se houver sangramento em ambas as bocas ou ferimentos com ferimentos.

 

O HIV pode ser transmitido pelo sangue, esperma e secreção vaginal, pelo leite materno, ou transfusão de sangue contaminado. O portador do HIV, mesmo sem apresentar os sintomas da AIDS, pode transmitir o vírus, por isso, a importância do uso de preservativo em todas as relações sexuais.

Com isso, podemos conviver com uma pessoa portadora do HIV ou da AIDS. Podemos beijar, abraçar, dar carinho e compartilhar do mesmo espaço físico sem ter medo de pegar o vírus da AIDS.

Quanto mais respeito e carinho dermos a quem vive com HIV ou a AIDS será de grande auxílio para o tratamento, afinal, o convívio social é muito importante para o aumento da autoestima das pessoas e, consequentemente, faz com que elas cuidem melhor da sua saúde.

 

:: Grupo de risco

Essa distinção de grupo de risco não existe mais. No começo da epidemia, pelo fato da AIDS atingir, principalmente, os homens homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e os hemofílicos, eram então considerados dentro do grupo de risco.

Hoje em dia, fala-se em comportamento de risco e não mais em grupo de risco, pois o vírus passou a se espalhar de forma geral, não mais se concentrando somente nesses grupos específicos.

Exemplo disso é que o número de heterossexuais contaminados por HIV tem aumentado proporcionalmente com a epidemia nos últimos anos, principalmente entre mulheres, que antes não eram citadas nos grupos de risco.

 

:: Complicações

Quanto às complicações da AIDS, existe, principalmente, uma sensibilidade maior em desenvolver doenças infecciosas (vírus, bactérias e fungos, por exemplo) e câncer do que uma pessoa que seja HIV negativa.

O que provoca a morte não é a AIDS, mas as doenças infecciosas ou os tumores que atingem o organismo do indivíduo infectado. Veja:

:: AIDS e câncer

Desde a introdução das multi-terapias antirretrovirais em 1996, os tipos de câncer se tornaram a maior causa de mortes nos pacientes com HIV. Entre esses pacientes, o risco de câncer é duas a três vezes maior do que o da população geral. Para prevenir este alto risco, é importante que o paciente mantenha um nível de CD4 elevado, de acordo com a orientação médica.

 

:: AIDS e infarto do miocárdio

Os portadores do HIV e pacientes com AIDS têm um risco maior de morrer do infarto do miocárdio (ataque cardíaco) do que o resto da população, de acordo com um estudo realizado nos Estados Unidos, em maio de 2012. Os investigadores acreditam que estes resultados demonstram “a necessidade de que temos de levar em consideração o risco potencial para pacientes com HIV”.

De acordo com um estudo publicado em março de 2013 e realizado com mais de 82 mil pessoas nos Estados Unidos, o HIV aumenta o risco de ataque cardíaco em cerca de 50%.

 

 

Se há dúvidas, a pessoa deve fazer o teste para a AIDS, pois quanto mais cedo se diagnostica e inicia o tratamento, maior é a expectativa de vida do paciente. As mães soropositivas tem 99% de chances de terem o filho sem HIV positivo se seguirem à risca o tratamento recomendado durante a gestação.

Compartilhe este artigo para que mais pessoas saibam sobre os riscos da AIDS e que ela, apesar de não ter cura, tem tratamento que proporciona uma boa qualidade de vida aos pacientes.

 

Fonte: minutosaudavel.com.br


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