Bem-estar

Um jeito simples de ser criança

4 de outubro de 2023

A vida de modo geral compreende um espaço de tempo diferente para cada pessoa. Espera-se que ao longo deste tempo os seres humanos passem por 4 fases sendo elas: infância, adolescência, idade adulta e velhice. Dentre elas, a infância é entendida como uma etapa especial, que costuma deixar boas lembranças na vida de todo mundo. Ou pelo menos, deveria deixar. É capaz de trazer doces memórias dos momentos com a família, da escola, da casa dos avós, e principalmente das brincadeiras com os amigos. É nesta fase que as pessoas são conhecidas como crianças.

O direito de ser criança é amparado por Lei, segundo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) “… toda criança tem o direito de crescer em um ambiente seguro e protegido, com carinho, saúde, atenção e alimentação. Mais do que isso, ela tem o direito de brincar, se divertir, explorar novos espaços dentro e fora de si mesma”. Falar da infância deve ser sinônimo de diversão, aprendizados, coleção de boas memórias, experiências de afeto e respeito.

O mundo moderno, capitalista e ansioso, tem gerado adultos cada vez mais sedentos no acúmulo. O Ter se tornou número um na lista de desejos. É perceptível o quando essa necessidade tem se refletido na vida das crianças que por sua vez acabam sendo sobrecarregadas de uma agenda multitarefas que comumente tem o objetivo de atender muito mais a necessidade dos cuidadores que da própria criança. Por vezes são tantas atividades extras que o brincar fica no fim da fila.

Além de divertido, a criança aprende a se comunicar, desenvolve a imaginação e diversos tipos de habilidades, inclusive motoras através do simples ato de brincar. Por óbvias atividades como natação, dança, karatê, futebol, inglês entre outras mil são importantes e podem sim contribuir muito para o desenvolvimento, contudo a questão é o limite de atividades. De modo que o tempo para a exploração do imaginário, do faz de conta, da resolução de problemas e descobertas que a brincadeira favorece não seja esquecido nesta lista de prioridades para um futuro de sucesso.

Ser criança é ter da vida um tempo de inocência, sem maldade, onde tudo é simples e prático, um mundo sem ”responsabilidades”, onde o sorriso e as lágrimas são resultado da sinceridade e ingenuidade que infelizmente vai sendo tolhida ao passar dos anos. Se considerarmos uma média de vida de 75 anos, pode-se afirmar que seremos crianças por menos de 1/6 dela, ou seja, a maior parte do tempo seremos adultos, obrigados a se comportar como tais, capazes de gerenciar milhões de coisas ao mesmo tempo, uma agenda interminável, problemas insolúveis, relações turbulentas e por aí a fora.

O Ser criança é algo curto e passageiro, merece ser tratado como um tempo de vida realmente especial. Vivenciado com experiências felizes, divertidas e leves, sem exigências de desempenhos espetaculares. A fase de inúmeros compromissos e responsabilidades está logo ali na frente e ao que tudo indica será duradoura. Uma infância com cuidados, brincadeiras, amor, estímulo e interação pavimenta o caminho para que a criança aproveite todo seu potencial favorecendo o nascimento de um adulto mais saudável, equilibrado e competente com seu lugar no mundo.

Fonte:
Angela de Souza Garbin
Psicóloga – CRP 07/20522
(54) 99191-6694
Instagram: @psicologiaangela


Guia Viva Bem

Clique aqui para ver a versão impressa

Última Edição

Clique aqui para ver a versão impressa

Siga-nos no Facebook